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"Esta sou eu...às vezes perdida...por vezes distraída, navegando pelo mundo mas sempre no mesmo lugar...E aqui estou eu, e este é o ... meu outro lado..."

terça-feira, 24 de março de 2009

A MINHA HISTÓRIA

Era uma vez uma menina chamada kel, que viveu durante 2 aninhos no Algarve, esses anos que ela lá viveu foi muito feliz, pois estava perto dos seus pais, o pai dela só sabia era fazer brincadeiras com ela.
Mas esteve que ir viver para Setúbal para casa dos seus avos maternos, porque o seu pai acabou por falecer de um acidente de mota, quando lá chegou a Setúbal a menina achou tudo muito diferente, pois no Algarve morava num sítio muito calmo numa pequena aldeia”Moncarapacho”, onde só havia arvores e animais depois veio para outro sitio completamente diferente, é uma cidade só havia era muitos carros apesar de haver também arvores e animais mas era diferente, ela é muito pequena mas sabia onde estava, tanto que só chorava e não se calava. Sentia falta das suas coisas do seu espaço. A casa dos avos dela era também muito diferente era maior mas ela e a sua mãe tinham que ficar juntas no mesmo quarto, mas a menina ficava contente só por saber que dava para andar com a sua aranha para um lado e para o outro pois ela não parava quieta e assim sempre tinha mais espaço.
Passou uns aninhos, chegou altura da escola e ela entrou para 1ºano de escolaridade, o primeiro dia de aulas correu tudo muito bem, mas passado uns dias ouve uns pequenos problemas, os outros colegas falavam dos seus pais pois ela não podia falar sobre o seu pai, ela começou a ficar afastada todos seus amigos da escola e ficar a brincar sozinha. Passou uns dias e uma das amigas foi falar com ela e perguntou-lhe:
- O que tens kel? Eu sou o João lembraste de mim?
- Ela: sim és da minha turma nè? Os outros só falam dos pais deles e eu como mal conheci o meu não posso falar, percebes?
- Sim sou, mas como tenho o mesmo problema que eu, não posso vir todo os dias a escola pois o meu pai nem sempre me pode vir trazer a escola. Por isso é que estava um pouco afastado também.
Então olha ficamos aqui os dois a brincar e não precisamos de falar nisso ok.
Passou-se dias e dias e eles sempre brincavam juntos sempre com um sorriso na cara apesar das dificuldades de vida que eles tinham, já combinavam coisas com os seus pais para ir para a praia pois já tinha chegado essa altura e como a mãe a kel quase todos fins de semana leva-a, mas só de manhã ou mesmo a tardinha pois o sol era muito forte, no dia seguinte como era sábado lá foram eles para a praia mais os seus pais, eles não paravam na areia mais o João porque adoravam água mas ao mesmo tempo tinham medo, também era muito pequenos só tinham 6 aninhos mas não desistiam de lutar com a água.
Bem passou uns aninhos e a menina cresceu mais um bocadinho e a sua mãe obteu por seguir com a sua vida em frente mesmo com todos os problemas que já tinha passado, pois o passado e passado, como entretanto conheceu o pai do João e eles tinham tudo em comum, eles ficaram muito mais próximos e acabaram por se apaixonar um pelo outro, acabaram por fazer as suas vidas ao lado um do outro mais os seus filhotes, passado uns aninhos estiveram mais um filhote que lhe deram o nome de Diogo, ele é muito engraçado tem cá umas bochechas mesmo fofas, os irmãos passavam a vida a brincar com ele porque adoravam puxar aquelas bochechas fofinhas, ele era muito simpático, para onde andava estava sempre com um sorriso na cara, isso era bom e mau ao mesmo tempo, pois todas pessoas paravam para se meter com ele.
O Diogo cresceu perto dos seus pais, onde foi muito feliz.
Passado uns aninhos ele já andava e já dizia tudo”mãe, papa, agua leite que era tinho, ele sempre foi um menino muito inteligente.
Ouve uma altura muito má da vida do menino, porque os seus pais acabaram por separar, pois o pai do menino estava metido na droga e só sabia era fazer coisas más, e assim a relação entre os pais deles não dava para continuar, o pai prometeu, prometeu mas não conseguiu largar as drogas, tornou-se um Visio muito grande, tentou curar-se mas não consegui era um Visio muito grande, a mãe apesar de fumar cigarros, detestava ouvir a palavra “droga”, mas acabou por arranjar um homem que andava metido nisso, e que nuca desconfiou dentro de 3 anos, foi mais uma fase da sua vida que foi por agua a baixo.
Lá voltaram para a casa dos avos maternos, pois aquela casa podia-se Chamar casa de acolhimento, volta na volta voltava-se para lá.
Mas a sua mãe também não esteve muito perto dos seu filhotes, dentro de três anos também acabou por falecer com um cancro nos pulmões pois fumava muito, a menina já tinha 9 anos e já sabia o que realmente se passava, e tentou acalmar o seu irmão que era muito mais pequeno, uns dias depois a menina começou a ficar isolada, porque sentia a falta da sua mãe, do seu carrinho, e de toda aquela amizade que elas tinham uma com a outra porque apesar de ser mãe e filha também eram muito amigas, a kel acabou por ficar por volta de um mês assim sem saber o que realmente fazer e o que dizer, só queria era ficar ali sozinha agarrada a um pequeno boneco que a sua mãe lhe tinha oferecido pelos anos, que não o largava por nada deste mundo. Com isto tudo a menina acabou por perder um ano de escolaridade, pois não conseguia estar dentro de uma sala a ver todos os outros amigos a rir e ela ali triste.
Passou-se esse mês e a kel já saia do quarto para conviver com a sua família e com os seus amigos pois eles iam lá a casa para brincar com ela, os seus amigos estavam sempre ali para lhe ajudar, de não ter amigos ela não se podia queixar. Pois ia lá sempre uma amigo o Cláudio (bia)que era um ano mais velho que ela, que ia lá sempre saber como ela estava e para brincar com ela, eles sempre foram muito próximos um o outro, muito bons amigos. Ele fez para que ela voltasse a estudar porque ele dizia que queria companhia para estar na escola, e não tinha pois todos os amigos eram diferentes deles e não lhe percebiam como ela, ela no ano a seguir voltou para a escola e acabou por correr tudo bem, tinha lá sempre o seu amigo para lhe proteger…
A kel cresceu e cresceu quando deu por ela já estava na secundária.
Mesmo depois de ter passado pela primaria toda chegou a secundária e caiu na asneira de ir atrás e umas amigas que só queriam era faltar e como ela não estava também com muita cabeça de estar fechada numa sala de aula, foi atrás delas e chumbou mais 2 anos, no outro ano pus a mão na cabeça e pensou não posso fazer isto da minha vida tenho que fazer a escola e lá fez o 5º e o 6ºano, no outro ano esteve uma oportunidade de realizar um curso de gestão e administração de que era para tirar o 9 ano em 2 anos, aceitou e conseguiu passar para o 9 ano.
Entretanto tentou encontrar algum curso que ela gostasse e que lhe desse equivalência para o 12º ano, procurou e procurou, encontrou o curso de “técnico de apoio a infância”, agora esta nesse curso estou a gostar apesar de haver alguns conflitos de turma mas isso é normal.
Hoje estou aqui com todas as minhas forças para seguir com a minha vida em frente apesar de passar por toda esta infância um pouco triste, perdi um pai e uma mãe numa fase que mais precisava, cresci com os meus avos paternos, estou feliz, apesar de sentir sempre a falta deles, pois, pais são pais. Não escrevi tudo o que era para escrever, como devem imaginar custa contar tido o que realmente se passou comigo
Esta Historia é toda verdadeira…

1 Comentários:

Blogger Fátima Campos disse...

Raquel

As histórias, a partir do momento que nos pertencem e que reflectem a nossa realidade, têm um valor insubstituível... e a sua história, embora triste, mostra a sua experiência de vida e a forma como, certamente, aprendeu a sobreviver aos momentos menos felizes...
Mas, é preciso saber renascer e retirar o que é menos negativo, das histórias mais tristes e, certamente que a sua experiência, lhe deu força e determinação para ultrapassar barreiras e problemas...
Neste momento sinto que é necessário que a Raquel, ponha a sua força em acção, para que consigar vencer este primeiro ano de curso... Venha de lá, essa capacidade de resolver problemas, essa determinação, pois perder a oportunidade de continuar este caminho, seria certamente outra história menos feliz, que mais tarde contaria a alguém...
Do meu lado, pode continuar a contar com o apoio de sempre...

19 de abril de 2009 às 14:17  

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