R'C / Técnico de apoio à infância

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"Esta sou eu...às vezes perdida...por vezes distraída, navegando pelo mundo mas sempre no mesmo lugar...E aqui estou eu, e este é o ... meu outro lado..."

domingo, 16 de agosto de 2009

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gravidez no Verão

Comer e beber

No Verão, a alimentação quer-se fresca e saudável. Mas nem tudo o que é fresco faz bem, principalmente se está grávida. A água é o melhor para matar a sede, já que os sumos de fruta, mesmo os naturais, têm muito açúcar e não tiram a sede. É importante respeitar os horários das refeições de forma a evitar a hipoglicemia e hipotensão. Escolha alimentos frescos e naturais e de parte devem ficar os fritos, que dificultam a digestão. As grávidas devem ter atenção a alimentos como a alface, por exemplo, que pode estar mal lavada. Outros cuidados devem ir ainda para as saladas em geral, principalmente com maionese (perigosa no Verão), e os queijos frescos (por causa da toxoplasmose).

Roupa

Analise o seu guarda-roupa e certifique-se que tem vestidos esvoaçantes, frescos e largos que permitem andar à-vontade. São leves e mais práticos quando as idas à casa de banho se tornam frequentes. As calças para grávidas são outra opção, principalmente as de algodão ou linho, porque são mais confortáveis e frescas. Para as pernas deve investir nos cremes e sprays para o cansaço, dado que as meias de descanso são quentes. Quanto ao calçado, os saltos, já se sabe, são de evitar enquanto que os sapatos abertos são a melhor opção.


Ao ar livre

Deliciosos passeios à beira-mar nas horas de menos calor fazem maravilhas: poder desfrutar do sol e da brisa do mar ao mesmo tempo é dos melhores bálsamos para o espírito e para o físico. Mas, mesmo na praia, existem algumas questões a considerar, como evitar-se a rebentação forte, principalmente se o bebé está a quase a nascer; nadar sozinha ‘fora de pé' e deitar-se na toalha, dando preferência à cadeira. A questão é que, tanto na praia como na piscina, o canal de parto pode já estar aberto (a partir do sétimo mês), o que facilita a transmissão de doenças ao bebé. Além disso, as águas podem rebentar sem que se aperceba

Quem tem tensão baixa pode sentir-se pior nesta altura do ano, com tonturas e sensação de desmaio. Para ajudar, nada como um café, de manhã, e ter sempre um rebuçado na carteira (que aumenta os níveis de açúcar). No caso de uma queda de tensão, a solução é sentar-se e descansar, de preferência deitada, com as pernas mais altas do que a cabeça. Aliás, sentada à secretária, as pernas devem estar elevadas (com uma caixa, por exemplo) pois facilita a circulação. Não cometa o erro de descalçar-se quando os pés começarem a inchar; vai ser mais difícil voltar a calçar os sapatos. Embora não haja razão para ficar parada, não vale fazer grandes esforços ou trabalhar até ao limite.

Dicas para o verão!


Os perigos do mar, os riscos do sol, as eternas aventuras com a areia, a alimentação e o risco de se perderem são as principais preocupações.

Perdidos

O psicólogo Manuel Coutinho avisa que a praia é um dos locais onde mais crianças se perdem, por isso toda a atenção é pouca. É fácil perceber porquê. Imagine que tem um metro de altura e está num areal repleto de pessoas. O que vê? Gigantes com roupa muito parecida. Se não é um biquíni, são uns calções. A maior diferença está no bronzeado das pernas.

Antes mesmo de chegar à praia, a professora já iniciou a preparação. Trinta minutos antes de chegarem, a mãe besunta o Rui, de 10 anos, e o Pedro, de 6, de creme. Mas o que nunca pode faltar no saco da praia é uma garrafa de água doce. Muita água. "É essencial para lavar feridas, os olhos e mantê-los hidratados." É que com dois rapazes, os narizes e bocas a sangrar são comuns.



Mar.
Nunca nadar sozinhas

É um regra de ouro: as crianças não podem ir à água sozinhas. “Mesmo que nadem bem, os adultos devem supervisioná-las. Uma criança em situações de pânico, como ser apanhada por uma corren-te, perde o controlo”, refere o pediatra Paulo Oom. Os pais também devem definir até onde as crianças podem ir. Água até à cintura, debaixo dos braços, mas perdê-las de vista nunca.

Medo da água

A melhor forma de evitar que as crianças tenham medo da água é pô-las na natação. Caso isso não seja possível, a habituação ao mar deve ser gradual e nunca forçada. “Se as crianças presenciarem nos adultos atitudes tranquilas de confiança, terão uma postura mais confiante do que se forem forçadas a entrar pelo mar dentro e o seu terror for recebido com gargalhadas”, defende o pediatra Jorge Amil Dias.

Quando sair da água

Arrancar as crianças da água pode ser um martírio. Mas enquanto os miúdos se sentirem confortáveis os pais podem deixá-los brincar. Só precisam de estar atentos aos arrepios e aos lábios ou dedos roxos. Assim que mudarem de cor está na hora do descanso. “Devem fazer uma pausa para recuperar a temperatura”, alerta Jorge Amil Dias. O regresso ao banho nunca deve ser um mergulho rápido, porque o choque térmico é perigoso e podem desmaiar.

Comer e tomar banho?

O problema da paragem de digestão tem a ver com a quantidade de comida e principalmente com o choque térmico. Se os seus filhos fizerem um pequeno lanche, uma sanduíche ou um iogurte, podem ir logo para o banho, como explica o pediatra Jorge Amil Dias. “Umas sanduíches e um banho tranquilo sem grandes esforços físicos em água de temperatura amena não precisam de horas de intervalo.”

Sol
Protector solar

Toda a gente sabe, mas vale sempre a pena repetir: evitar a praia das 12h às 16h. É nesta altura que o sol está mais intenso. O protector solar deve ser de ecrã total, de preferência factor 50, e deve ser posto 30 minutos antes da exposição ao sol. Como não é eterno, há que contrariar a preguiça e mesmo que as crianças barafustem deve-se aplicar o protector de duas em duas horas.

Chapéu? Sempre!

Se tivéssemos de eleger a peça mais importante na moda de praia infantil, seria o chapéu. De preferência com pala, para proteger os olhos.É a arma mais eficaz contra os golpes de calor (cujos sinto-mas são cansaço, dores de cabeça e vómitos) e a insola-ção (que causa febre, vertigens e desidratação). “Quando têm o cabelo molhado não precisam de chapéu, mas assim que secar devem pô-lo”, diz Paulo Oom.

Areia!
A areia come-se?

“Comer areia é saudável para as galinhas, não para as crianças!” O pediatra Jorge Amil Dias não tem dúvida: as crianças pequenas devem ser mantidas numa toalha de forma a evitar que peguem em areia e a levem à boca. “A ingestão de areia só por si não envolve risco especial, mas as impurezas e o lixo que a acompanha podem causar infecções e gastroenterites.”


Comida

O lanche idealPão de mistura com fiambre de peito de peru, fruta, um iogurte ou um sumo de laranja. Este é o lanche aconselhado pela nutricionista Eduarda Alves. Na praia, as crianças devem comer de três em três horas, porque gastam muitas energias. “Devem fazer um reforço do pequeno-almoço, com um lanche leve. Os fritos, por exemplo rissóis, são de evitar, pois dificultam a digestão.”

Beber muita água

Numa manhã, as crianças devem beber água entre três e quatro vezes. Mesmo que não peçam, os pais têm de oferecer. Repetimos, oferecer. Não forçar. “A criança bebe água quando tem sede. Os refrigerantes não são uma boa opção, porque têm cafeína, que desidrata”, refere a nutricionista. A água gelada também é para esquecer. “A agua à temperatura ambiente hidrata tanto como a fresca e não há risco de ferir o esófago.”

Perigos escondidos na praia


O areal dourado convida ao repouso, a frescura do mar pede umas vigorosas braçadas, o sol reconforta corpo e espírito cansados do rigor do Inverno. Chegou, finalmente, o tempo da praia, porém, é tempo também de lembrar que «Há mar e mar, há ir e voltar». Escolher uma praia vigiada, respeitar os sinais das bandeiras, evitar demoradas exposições ao sol e cumprir as indicações dos nadadores-salvadores são alertas antigos, do conhecimento geral, mas, mesmo assim, todos os anos repetem-se os acidentes fatais, sinal evidente da quebra das regras básicas de segurança. De acordo com as estatísticas, nos últimos nove anos registaram-se 217 mortes em praias sem vigilância e 73 nas áreas vigiadas, números que não deixam margem para dúvidas: por parte das autoridades marítimas, continua a ser pertinente levar a cabo acções de sensibilização, de forma a evitar situações de risco, sendo imprescindível aos banhistas manter o bom senso.A chamada de atenção prende-se ainda com outro tipo de ocorrências, algumas de menor gravidade, outras, todavia, bastante preocupantes, visto poderem deixar marcas irreversíveis para o resto da vida. É o caso das lesões da coluna vertebral provocadas pelos saltos para a água. A este propósito, o Comandante Oliveira Bernardo, relações públicas do Instituto de Socorros a Náufragos e director do Núcleo de Formação daquele organismo, alerta: «É muito comum pensar-se que estes acidentes acontecem nos rios, em zonas de pouca visibilidade ou são provocados por saltos de grandes alturas, mas não é forçoso que assim seja. Eles dão-se, com relativa frequência, na praia, em locais em que desconhecemos a existência de obstáculos ou de profundidade inadequada; nem sequer é necessário saltar de uma plataforma elevada, pontão ou rocha. Tenho conhecimento directo de jovens com tetraplegias completas resultantes de saltos em que as circunstâncias pareciam, à primeira vista, perfeitamente normais, porém, de repente, alguém se atravessou no caminho, formou-se uma pequena onda geradora de desequilíbrio, o mar baixou, o próprio nadador não colocou as mãos à frente, na posição correcta, o salto não correu bem e daí podem resultar lesões terríveis ao nível das vértebras cervicais.» Segundo aquele responsável, também nunca é demais chamar a atenção dos banhistas para os problemas que advêm da desidratação. «Os cidadãos estrangeiros, pouco familiarizados com as nossas temperaturas, as crianças e os idosos são particularmente afectados», por isso, Oliveira Bernardo recomenda que haja «um cuidado suplementar em reduzir a exposição ao sol e ingerir líquidos levemente açucarados, água e fruta, para ajudar a manter o organismo hidratado». A hipertermia, o aumento da temperatura corporal causado pelo excesso de número de horas ao sol, é outra situação frequente. Deve ser controlada, de contrário, devido à falta de sal provocada pela sudação, agravar-se-á e chegará à insolação. A hipotermia, diminuição da temperatura do corpo, é mais comum nas praias do Norte, no entanto, registam-se casos um pouco por toda a nossa costa. Envolvem na sua maioria crianças porque, como todos sabemos, a água nunca está fria, o suficiente, para abandonarem a brincadeira. Encontros indesejáveis Na água escondem-se, não raras vezes, companheiros indesejáveis ainda desconhecidos de muitos banhistas: peixe-aranha, ouriço-do-mar, Alforreca + e anémona. «A picada do peixe-aranha torna-se bastante dolorosa, devido à composição química do veneno, mas uma vez aplicado um anestésico depressa se alivia esse mal-estar. Convém, apesar disso, ter atenção, pois, alguns fragmentos da espinha do peixe podem ficar cravados na pele e desencadear uma infecção. Sendo assim, será aconselhável a intervenção médica. Quando, porventura, a picada ocorre próximo de um nervo chega a paralisá-lo, causando lesões neurológicas», explica Oliveira Bernardo. O nosso interlocutor alerta, por outro lado, para a picada do ouriço-do-mar, cuja dor é similar. Além disso, torna-se necessário verificar se existem resquícios de espinhos partidos. As medusas, conhecidas como alforrecas, possuem órgãos urticários tóxicos capazes de provocar irritações cutâneas, sobretudo, em crianças e adultos com peles sensíveis, daí que o mais prudente seja evitar qualquer contacto com estes exemplares marinhos em forma de campânula. Cuidados redobrados devem ter os banhistas das praias da Madeira e dos Açores, onde existem, em significativa abundância, espécies de outra família, designadas a nível local por «água-viva» e «caravela-portuguesa», que causam queimaduras e lesões graves. Como refere Oliveira Bernardo, «a dor é de tal modo intensa que o nadador, por vezes, vê-se em dificuldades, correndo risco de afogamento». As anémonas, coloridas e vistosas, escondidas nas poças de água, não são, igualmente, companhia aconselhável para crianças e adultos com hipersensibilidade cutânea. Os agentes irritantes que libertam provocam reacções violentas, obrigando a pessoa afectada a necessitar de acompanhamento médico. Oliveira Bernardo faz, ainda, questão de deixar um último alerta para uma situação que, embora não esteja directamente relacionada com a prática da actividade balnear, acontece com frequência nas zonas limítrofes. Trata-se da queda em altura das falésias, de que «resulta um número de óbitos impressionante, o dobro ou o triplo dos acidentes mortais ocorridos nas praias durante o Verão».«Mais vale prevenir…» «Existe um conjunto de regras básicas que parecem óbvias, mas nunca é demais reforçá-las, porque poderão ajudar a reduzir os acidentes nas praias de modo significativo», afirma o comandante Oliveira Bernardo. Por isso, aqui deixamos alguns conselhos extraídos do Manual do Nadador Salvador: – Tome banho em praias vigiadas; – Nade sempre acompanhado, mesmo que seja bom nadador; – Tome banho em locais sem algas ou limos; – Após demorada exposição ao sol, entre na água lentamente; – Depois de comer, aguarde 3 horas antes de entrar na água; – Se der saltos/mergulhos, procure locais que conheça e salte de pés; – Se sentir frio, saia da água; – Não mergulhe contra o fundo, face a ondas de forte rebentação; – Não salte de penhascos, pontões e pontes; – Dê especial atenção às crianças, pessoas idosas e não habituadas ao mar.Sempre alerta Durante a época balnear, de 1 de Junho a 30 de Setembro, sempre que ocorre algum incidente ou acidente nas praias onde existe um posto de vigilância permanente, cabe ao nadador-salvador fazer a análise da situação, aplicar os seus conhecimentos ou, se a gravidade o exigir, pedir socorro ao INEM + , já que não está nas suas atribuições exercer actos médicos. O curso de nadador-salvador, que é da responsabilidade do Instituto de Socorros a Náufragos, organismo técnico da Marinha, dura 23 dias e contempla quer técnicas de salvamento como as doutrinas do Suporte Básico de Vida. Os programas, em constante actualização, são delineados com a colaboração da Faculdade de Motricidade Humana + . No final da aprendizagem, o candidato é submetido a provas de natureza física, bem como a exercícios práticos e teóricos nas várias matérias, nomeadamente, Suporte Básico de Vida, rudimentos de fisiologia, técnicas de salvamento, destreza e performance física.
São todos esses conhecimentos adquiridos que irão dar ao nadador-salvador traquejo suficiente para lidar com as situações mais díspares. Desde o salvamento de qualquer banhista em perigo à desinfecção de pequenos ferimentos provocados pelas rochas, à aplicação do spray anestésico ou penso térmico para atenuar a dor da picada de peixe-aranha, ou até mesmo intervir em caso de hipertermia, procedendo ao refrescamento da pessoa afectada, que deverá ser colocada à sombra.